Relatório de "A Onda"
Por João Marcos
A trama do filme se baseia nas
aulas de Rainer Wenger sobre o tema do funcionamento de uma
autocracia. Em discussão com os alunos, explicando o que seria uma
autocracia, uma espécie de “autopoder”, chegaram à conclusão
que modelos que bem encaixariam neste contexto, seriam o fascismo e o
nazismo, ditaduras. Estimulado pelo professor, houveram alunos que
exclamaram que esse tipo de governo não seria mais possível
existir, devido à consciência das pessoas sobre o que acontecera no
passado alemão (falta de liberdade de expressão e principalmente a
violência desumana). Com essa discussão aberta, Wenger decide então
fazer uma experiência de pseudodisciplina em que todos os alunos
deviam começar a chama-lo de “Er Wenger” – algo como senhor
Wenger, além de manter uma postura reta e que enfileirados apenas
uma pessoa fale por vez, parecido com um sistema militar. Com um
clima de imposição por parte deste “Führer”, muitos da sala
seguiram as ordens do professor para permanecer na sala, outros viram
ali uma oportunidade de inserção em um grupo, contudo houveram
alguns que questionaram Wenger e se recusaram a participar,
resultando na saída desses. Nomeando o grupo em “A Onda” e usando como símbolo a mesma, criando seu gesto de saudação – um movimento com o braço direito em forma de onda, e também definindo um uniforme – camiseta branca e calça jeans, (todos esses itens normalmente presentes no fascismo e nazismo: símbolo, gestos e uniforme) é interessante notar a fácil adesão dos alunos a ponto de haver fanatismo, como aconteceu com o personagem Tim que chegou a ponto de atear fogo em suas roupas de marca, e também de personalidades como a de Karo que se expressaram contra A onda, principalmente às vestimentas que inibiam a individualidade dos alunos.
Dentre suas desvantagens está a ideologia de que “os fins justificam os meios”, claramente visível na história do nazismo quando se trata de violência, por exemplo. Outra desvantagem é a colocação do indivíduo em segundo plano, quando apenas o coletivo tem voz valorizando o nacionalismo, fazendo assim existir um sistema de repressão de liberdade de expressão.
Em relação À onda, Karo desde o primeiro dia da experiência se expressou que aquilo não era algo certo. No decorrer do filme, ela que permanece na sala dos autocratas, tenta convencer seus colegas para que algo ruim não ocorra. Vendo o rumo que as coisas iam tendo como exclusão daqueles que não vestiam branco e conflitos por causa do grupo, tentou obstruir o avanço d’A onda criando folhetos, mas não teve êxito. É valido fazer uma pequena assimilação entre Karo e Sophie Scholl no que se fala de resistência ao grupo/governo, já que ambas tinham características como o uso de folhetos e também o repudio a conflitos.
Se ainda não assistiu o filme, abaixo você o encontra :v
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