#InternetJusta
Nos últimos dias ficou evidente a polêmica causada pela Vivo/GVT em decidir limitar a internet fixa impondo franquias, semelhante ao método aplicado a rede móvel, já a partir de 2017.
Se ainda não sabe do que se trata, é o seguinte: no modelo atual de venda de internet, estamos habituados a escolhermos e pagarmos pela velocidade disponibilizada pela operadora, ou seja, pagamos X reais por uma conexão de velocidade X, independente da maneira em que usamos a internet. Com o novo modelo, iremos pagar - além pela velocidade - o limite de uso em GB (Franquia) que poderemos usar, com isso ao chegar do limite da desta franquia, o usuário teria um corte em sua navegação, ficando inapto de utilizar a rede.
De acordo com o TecMundo, a Vivo disponibilizará os seguintes planos para internet fixa, já a partir de janeiro de 2017:
- Banda Larga Popular 200 kbps: franquia de 10 GB;
- Banda Larga Popular 1 e 2 Mbps: franquia de 10 GB;
- Vivo Internet 4 Mbps: franquia de 50 GB;
- Vivo Internet 8 e 10 Mbps: franquia de 100 GB;
- Vivo Internet 15 Mbps: franquia de 120 GB;
- Vivo Internet 25 Mbps: franquia de 130 GB.
Com uma breve analise é evidente que tais planos não são a realidade de uso do brasileiro, como expressado pela Vivo. Imaginemos que o contratante do plano tenha uma conexão de 2 Mbps, que é oferecido 10 GB de transferência de dados. Com essa franquia, o usuário que assiste conteúdos de vídeo, tais como Netflix e Youtube, deveria se preocupar com seu uso de maneira extrema, já que em uma hora de vídeo no Netflix, por exemplo, gastaria algo próximo a 2 GB em qualidade HD, ou seja, um quinto de sua franquia.
Além de serviços de entretenimento, essa medida pode prejudicar até o MECflix pertencente ao Hora do Enem, site recém anunciado desenvolvido pelo MEC, que visa preparar usuários para o ENEM. Com conteúdos em vídeo, o estudante não poderia usufruir desta ferramenta ao máximo pelo medo de receber a terrível notificação comum em celulares: “Seu pacote de internet já chegou a 100% de uso”...
Ao meu ver, essa medida não tem fundamentos que beneficie o consumidor, muito pelo contrário, na qual pode ser analisada como tentativa de censura. É obvio que as operadoras ficam infelizes com os serviços online, afinal é muito mais lucrativo que o usuário envie um SMS ou realize uma ligação pelo celular/telefone fixo, que “enviar um Whatsapp” ou ligar para alguém pelo Skype. Penso que se existe algum problema econômico em alguma organização, esta -de imediato- deve dar espaço para o investimento na qualidade do serviço e inovação, e assim crescer, ou tomar decisões nada populares, que pelo menos neste caso, tem a internet toda contra, aclamando por uma #InternetJusta.
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